A palavra crônica deriva do Latim chronica que significava,
no início do Cristianismo, o relato de acontecimentos em sua ordem temporal
(cronológica). Era, portanto, um registro cronológico de eventos.[1]
No século XIX, com o desenvolvimento da imprensa, a crônica
passou a fazer parte dos jornais. Ela apareceu pela primeira vez em 1799, no
Journal des Débats, publicado em Paris.[2]
A crônica literária, surgida a partir do folhetim, na
França, tomou características próprias no Brasil.[3]
Características
A crônica é, primordialmente, um texto escrito para ser
publicado em jornais e revistas. Assim o fato de ser publicada nesses meios já
lhe determina vida curta, pois à crônica de hoje seguem-se muitas outras nas
próximas edições.
Há semelhanças entre a crônica e o texto exclusivamente
informativo. Assim como o repórter, o cronista se inspira nos acontecimentos
diários, que constituem a base da crônica. Entretanto, há elementos que
distinguem um texto do outro. Após cercar-se desses acontecimentos diários, o
cronista dá-lhes um toque próprio, incluindo em seu texto elementos como:
ficção, fantasia e criticismo, elementos que o texto essencialmente informativo
não contém.[3]
Com base nisso, pode-se dizer que a crônica situa-se entre o
jornalismo e a literatura, e o cronista pode ser considerado o poeta dos
acontecimentos do dia-a-dia. A crônica, na maioria dos casos, é um texto curto
e narrado em primeira pessoa, ou seja, o próprio escritor está
"dialogando" com o leitor. Isso faz com que a crônica apresente uma
visão totalmente pessoal de um determinado assunto: a visão do cronista. Ao
desenvolver seu estilo e ao selecionar as palavras que utiliza em seu texto, o
cronista está transmitindo ao leitor a sua visão de mundo. Ele está, na
verdade, expondo a sua forma pessoal de compreender os acontecimentos que o
cercam.[3]
Geralmente, as crônicas apresentam linguagem simples,
espontânea, situada entre a linguagem oral e a literária. Isso contribui também
para que o leitor se identifique com o cronista, que acaba se tornando o
porta-voz daquele que lê.
Em resumo, podemos determinar quatro pontos
Seção ou artigo especial sobre literatura, assuntos
científicos, esporte etc., em jornal ou outro periódico.
Pequeno conto que relata de forma artística e pessoal fatos
colhidos no noticiário jornalístico e cotidiano.
Normalmente possui uma crítica indireta.
Muitas vezes a crônica vem escrita em tom humorístico.
Exemplos de autores deste tipo de crônica no Brasil são Fernando Sabino, Leon
Eliachar, Luis Fernando Verissimo, Millôr Fernandes.[3] Em Portugal, temos
Ricardo Araújo Pereira.
referencias: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%B4nica_(g%C3%AAnero) em 07/11/18